Semanalmente a Edison Research publica insights sobre a pesquisa Share Of Ear e, nesta semana, divulgaram um cenário que nunca aconteceu anteriormente: pela primeira vez, o consumo de áudio sob demanda superou o consumo de áudio “linear”.
No segundo trimestre de 2023, 50,3% de todo o tempo de áudio diário consumido por pessoas com mais de 13 anos nos EUA estava em plataformas sob demanda (podcasts e músicas) e 49,7% estava em plataformas lineares (serviços de rádio).
Segundo a Edison Research, em 2015, há apenas sete anos e meio, a margem entre a escuta linear e a escuta a pedido era de 38 pontos percentuais. Mas a cada trimestre e a cada ano, essa margem foi desaparecendo até chegar ao momento em que o áudio sob demanda lidera.
Parte considerável dessa mudança se dá pelo constante aumento no consumo de podcasts, já que a mídia passou a permitir que milhões de ouvintes, do mundo todo, passassem a ter maior controle sobre seu consumo, cultivando hábitos que os permitem escolher o conteúdo de áudio certo na hora certa e apertar o play.
O mesmo se aplica à música – depois que as pessoas se habituaram à capacidade de escolher uma música ou lista de reprodução específica e, claro, pular músicas quando querem. “Tornou-se difícil para muitos voltar à experiência “relaxada” de ouvir rádio ou transmissões lineares”, escreveu a empresa.
Esta não é uma situação em que o áudio sob demanda vai crescer para sempre e algum dia o linear chegará a zero. Algumas pessoas preferem a audição linear, e mesmo aqueles que preferem sob demanda consomem pelo menos algum conteúdo linear.
