A geração Z vive para produzir conteúdo. Eles surgiram no boom da internet, ou seja, são todas as pessoas nascidas entre a segunda metade dos anos 1990 até o início do ano 2010. Seria improvável então que esses jovens não estejam acostumados desde cedo a fazer a curadoria de suas vidas e identidades a partir da tecnologia.
Pesquisa Culture Next revela que sem encontrar os amigos presencialmente 68% da Geração Z participou de uma experiência virtual no ano passado. A geração ainda está em busca de interações e significados, em relação a si mesma e ao mundo ao seu redor, passando, assim, por várias mudanças durante os anos de pandemia, sem encontrar os amigos presencialmente a tecnologia se torna palco para esses ouvintes/criadores.
Recursos como podcasting facilitam a expressão artística desses jovens, afinal, 64% dos criadores da geração Z acreditam que a tecnologia torna mais fácil do que nunca ser curador de conteúdos culturais. Muito mais do que uma simples agregação de elementos; se tornou criação, pura e simples, e os jovens produtores estão aproveitando esse poder como uma forma de expressão artística.
Seus assuntos são variados e os formatos estão em constante mudança, costumeiramente relacionados ao mundo da tecnologia, plataformas de streaming de jogos, festas em provedores online e até criação de novos gêneros musicais. Eles estão prontos para se conectar.
A pressão
Ao passo que a internet e os serviços de áudio representam um espaço necessário aos jovens, também existem lados negativos.
Crescer em um mundo cada vez mais conectado é também sucumbir a pressão da constante criação, cerca de 67% dos criados por todo o mundo afirmam sentir mais do que nunca uma pressão para criar cada vez mais.
É preciso então encontrar o equilíbrio entre o que se produz e o que se vive, mais do que em telas, os microfones dos jovens de 15 a 20 anos estão prontos para dominar o espaço dos podcasts, mas é preciso cautela.