Há um movimento global pela justiça racial, casos de intolerância são cada vez mais divulgados e julgados pelos utilizadores das internet. Se um grupo nos EUA sofre qualquer descriminação pessoas do mundo inteiro podem escutar e se posicionar. Neste cenário, a geração Z (pessoas de 16 a 25 anos) utilizam esse espaço de criação para elevar suas vozes.
O áudio desempenha um papel fundamental no renascimento cultural dos últimos anos.De acordo com dados da Culture Next 53% dos ouvintes de podcast buscam mais conteúdo com uma variedade maior de criadores no ano passado. O que isso significa além dos números?
Mais espaço para os criadores se adaptarem, darem voz às suas comunidades que por diversas vezes não ganham espaço na grande mídia.
É na internet e suas múltiplas plataformas que os mais diversos assuntos podem surgir, há espaço para criar sobre tudo que se imagina e existem pessoas dispostas a ouvir.
Por que o áudio é tão especial?
Há anos as trilhas sonoras acompanham as experiências das pessoas, transportam seus ouvintes e elevam sensações. Agora as imersões de áudio se expandem também para novos espaços geográficos, ao escapar do confinamento em suas residências das quatro paredes os grupos sociais conseguem expandir suas visões de mundo.
Para os criadores, ao contrário de algumas mídias sociais que exigem equipamentos caros, educação formal e grandes equipes, os criadores de áudio enfrentam barreiras bem menores e, desta forma, menos preconceitos estruturais.
O acesso facilitado é particularmente importante para essa geração que passa até a desenvolver novos gêneros musicais como o bedroom pop.
Afinal, 64% dos ouvintes da geração Z concordam que como cultura estamos mais abertos para ouvir vozes diferentes. Ver e escutar novos produtores é também perceber a si mesmos representados.
À medida que novos produtores surgem, novos ouvintes também conquistam esse espaço, a indústria de áudio se moderniza mudando a história. A taxa de crescimento de ouvintes que se consideram em “outra” etnia que não a branca cresce mais anualmente do que a de ouvintes que se consideram brancos, de acordo com Nielsen.
Os jovens de 15 a 26 anos representam, então, a geração com maior diversidade racial e cultural até o momento. “No ano passado, me senti mais representado pelos áudio do que por qualquer outro conteúdo” destaca o ouvinte de podcasts Andrés de 24 anos.
Desta forma, criadores conseguem assim encontrar ouvintes expandindo noções de comunidade e criando espaços comuns a todos. É aí que se encontra a chance de soltar a voz.
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