Na primeira semana de outubro, o Spotify anunciou que iria fornecer mais de 150 mil audiobooks a assinantes premium da plataforma. Os autores desses conteúdos, porém, não teriam sido consultados sobre licenças, autorizações e pagamentos.
A informação foi compartilhada pela Sociedade de Autores do Reino Unido, que manifestou preocupação ao saber, por meio de veículos de imprensa, que editoras teriam concordado com os novos acordos limitados de streaming com o Spotify.
Assinando esse acordo, os conteúdos autorizados estariam disponíveis para os assinantes do serviço Spotify Premium no Reino Unido e na Austrália. Segundo a plataforma de áudio, 150 mil audiobooks vão ser disponibilizados.
“Os contratos de publicação diferem, mas, em nossa opinião, a maioria das licenças concedidas aos editores para licenciamento de áudio não inclui streaming“, avaliou o sindicato.
A Sociedade de Autores ainda defende que o streaming de livros precisa de ainda mais cuidado do que o streaming de música, isso porque os livros, normalmente, mas não obrigatoriamente, são lidos apenas uma vez, enquanto músicas são reproduzidas várias vezes.
Robert Gottlieb, presidente do Trident Media Group, comentou que “os serviços de assinatura são um bom negócio para os editores e um mau negócio para os autores“.
Agora, os pedidos são que as editoras que fizeram o acordo com o Spotify procurem os autores desses conteúdos disponibilizados para informá-los dos detalhes dos negócios propostos e para obter sua aprovação.