Em um texto publicado no site RAIN News, Steve Goldstein, fundador e CEO da Amplifi Media, falou sobre as três eras do podcasting, sendo que a terceria está prestes a chegar.
Os podcasts começaram como um canal digital de nicho, mas se transformou em uma enorme indústria de entretenimento. Como acontece com qualquer evolução, o podcasting passou por várias mudanças, desde suas origens humildes até um negócio robusto e complexo.
Steve avalia que o podcasting passou por duas eras significativas e está prestes a entrar na terceira.
Descobrindo o podcasting
A primeira era, segundo ele, foi a era de ouro em que o podcasting encontrava seu ritmo. Tudo girava em torno da autenticidade, com anúncios integrados formando a espinha dorsal da estratégia de monetização. Os endossos dos anfitriões eram de grande importância, pois a associação era pessoal, dando um toque genuíno aos anúncios.
Com a sua capacidade narrativa, a rádio pública rapidamente percebeu o potencial do meio. A rádio pública marcou seu território, criando e distribuindo programas informativos, atraentes e intimistas que lideraram as paradas de podcast.
Em outubro de 2014, a Apple deu um passo gigantesco ao incorporar seu aplicativo de podcast nativamente em todos os seus telefones, garantindo que o meio tivesse acesso direto a milhões de bolsos.
Expansão e experimentação
A segunda fase foi caracterizada, segundo Steve, por expansão e experimentação. O podcasting se diversificou e se expandiu como nunca antes.
Com a introdução da inserção dinâmica, a tecnologia de anúncios em áudio tornou-se sofisticada. Não se tratava apenas de colocar um anúncio, mas de entregá-lo ao ouvinte certo, na hora certa.
Com os investimentos vieram os estúdios de última geração e especialização de pessoas. Muitas pequenas empresas foram adquiridas por gigantes da mídia. Era normal ouvir falar de um podcast sendo lançado todos os dias.
Simultaneamente, houve um boom de aplicativos reprodutores de podcast competindo pela atenção do ouvinte, alguns apresentando recursos exclusivos. Facebook, Twitter Podcasts, Amazon e outros apareceram, todos em busca de atenção. Muitos caíram no esquecimento, deixando apenas alguns gigantes dominando a distribuição.
À medida que a competição por ouvidos aumentava, o sucesso do conteúdo tornou-se mais difícil.
Do áudio ao visual
Nesta nova e mais recente fase, alcançar sucessos e títulos duráveis se tornou mais desafiador e os podcasters, portanto, concentraram sua atenção em impulsionar e puxar mais alavancas de marketing para alcançar o público.
“Antes uma experiência puramente auditiva, nosso meio agora ganhou destaque visual. Com sua enorme base de usuários e estratégia de conteúdo dinâmica, o YouTube se tornou uma plataforma inesperada, mas formidável, para consumir podcasts. No entanto, tem seus desafios. A falta de feed RSS complica a monetização e o rastreamento”. Porém, de acordo com o Google, isso provavelmente mudará até o fim do ano.
“O resultado é que os limites entre um podcast e um conteúdo visual ficam confusos“, analisa Steve. Mais criadores estão reconhecendo o potencial de um formato duplo de áudio para ouvintes de podcast tradicionais e vídeo para usuários do YouTube que, é claro, esperam um componente visual.
“A jornada do podcasting reflete a narrativa mais ampla da evolução digital – começando pela simplicidade, abraçando a experimentação e culminando em uma mistura sofisticada de diversão audiovisual. No auge da era atual, não podemos deixar de nos perguntar: o que vem por aí para o podcasting?”
Steve ainda adianta que só o tempo responderá a pergunta, mas este é um espaço que indiscutivelmente promete inovação, entretenimento e infinitas possibilidades.
O texto acima é uma tradução adaptada do conteúdo publicado por Steve Goldstein no RAIN News.